Nilton Bonder em seu Livro “Tirando os Sapatos” nos fala da nossa capacidade e qualidade de aprender a ficar não só descalços, mas vestir o sapato do outro.
Vestir o sapato do outro é algo extremamente desagradável, por que com o tempo cada sapato vai se moldando conforme o pé daquela pessoa.
É quando vestimos um sapato é que nos damos conta da forma de nosso pé, das suas pequenas “imperfeições”.
Nossos sapatos também servem como forma de tapar estas formas não estéticas.
Com a caminhada cada pé vai ganhando uma nova forma e o sapato também. Sapato que não se adapta ao pé, que não é macio, não pode seguir a caminhada.
É comum ouvirmos a frase: “ Meus pés estão me matando” ! Tamanho é o poder do pé!!!
Tirar os sapatos, aqui ficou na idéia de tirar o salto, descer.
Talvez descer até os pés, para visitá-los, pois cuidamos pouco de nossos pé.
Na cultura judaica ir a Israel (Eretz Israel) é dito que fazemos a ALIA, a subida, pois ficamos mais próximos de D´us.
Vamos com nossos pés, colocamos nossos pés na Terra Prometida! Mas sem saltos. É preciso descer do salto, para sentir a força daquela Terra.
O trabalho do cabalista é fazer a entrega, abrir-se, significa deixar os saltos do EGO para trás, as ameaças e medos que sofremos e criamos dentro de nós, para estarmos mais entregues. Mais próximos de D´us podemos nos sentir mais seguros, mais despojados, mas quando vamos nos aproximando de nossa morada, aqui em baixo, longe de D´us, longe de Eretz Israel, vamos nos vestindo de Saltos.
Em nossa viagem vamos do Salto para o Saltoun....Condutor desta descida-subida.
É preciso descer do salto para nos sentirmos mais altos.
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